AS PRINCIPAIS TEORIAS EXPLICATIVAS ACERCA DA ARTE RUPESTRE: UM ESTUDO DE CASO

Autores

  • Gabriel Frechiani de Oliveira
  • Michel Justamand
  • Antoniel dos Santos Gomes Filho Faculdade Vale do Salgado

DOI:

https://doi.org/10.1000/riec.v3i1.133

Resumo

O presente trabalho tem por finalidade abordar as principais teorias explicativas acerca da arte rupestre, explicanda as terminologias, objetivos e metodologia de trabalho dos segmentos teóricos abordados. Dentro desse contexto o trabalho consistiu em um levantamento bibliográfico e documental, associado a uma pesquisa de campo realizado no Parque Nacional Serra da Capivara, no estado do Piauí, Brasil. A principal justificativa para a elaboração desse trabalho é a necessidade de discutirmos as múltiplas visões presentes no estudo da arte rupestre, citando os autores e aproximações teóricas e metodológicas, devido ao grau de especialização e diversificação do estudos atualmente, levando em consideração alguns questionamentos que serão debatidos ao longo deste trabalho no decorrer deste artigo. Esperar-se contribuir para uma discussão acerca das múltiplas perspectivas de analisar a arte rupestre, relevando que visões diferentes podem fornecer uma análise holística das obras rupestres.

Biografia do Autor

Antoniel dos Santos Gomes Filho, Faculdade Vale do Salgado

Editor-chefe da Revista Interdisciplinar Encontro das Ciências-RIEC. Professor da Faculdade Vale do Salgado (FVS). Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Referências

ANATTI, E. 2006. El arte Orígenes del arte. En: Artes y civilizaciones, editado por por J. Suareda, pp 47-67. Lunwerg y Jaca Book SpA, Milão.

BAHN, P. G. (Ed). 1999a. The Cambrige Illustrated History of Archaeology. The Press Syndicate of the University of Cambridge, Cambridge.

BAHN, P. G. 1999b. The Cambrige Illustrated History of Prehistoric of Art. The Press Syndicate of the University of Cambridge, Cambridge.

BALDUS, H. 1976. O xamanismo na aculturação de uma tribo tupí do Brasil Central. En Leituras de Etnologia Brasileira. pp. 455-462. Companhia Editora Nacional, São Paulo.

BALDUS, H. 1979. Ensaios de Etnologia Brasileira. Editora Nacional. Brasília: Instituto Nacional do Livro, São Paulo

BEDNARIK, R.; ACHRATI, A.; CONSENS, M.; COIMBRA, F.; DIMITRIADIS, G.; HUISHENG, T.; MUZZOLINI, A.; SEGLIE, D.; SHER, Y.A. (Eds). 2003. Rock Art Glossary. A multilingual dictionary. Brepols Publishers, Turnhout.

BEDNARIK, R. G. 2007. Rock Art Science: The Scientific Study of Palaeoart. Aryan Books International, New Delhi.

BEHN, F.; WOLFEL, D. J. 1972. Europa pré-histórica. Editorial Verbo, Lisboa.

BELTRÃO, M.C. 2000. Ensaio de arqueologia: uma abordagem transdisciplinar. Zit Gráfica e Editora, Rio de Janeiro.

BELTRÃO, M.C.; PEREZ, R.A.R. 2006. Signos e símbolos: uma linguagem ancestral. En Terra Brasilis: Pré-História e arqueologia da psique editado por Marcos Calila e Marcos Fleury de Oliveira (org), p.73-81. Editora Paulus, São Paulo.

BERNARDI, B. 1978. Introdução aos estudos Etno-antropológicos. Editorial Presença, Lisboa.

BERROCAL, M.C.; FRAGUAS-BRAVO, A. 2009. Introducción al arte rupestre prehistórico. Luana Ediciones.

BOAS, Franz. 2014. Arte Primitiva. Trad. Fabio Ribeiro. Editora Vozes, Petrópolis.

BOIVIN, N. BRUMN, A. FULLAGAR, R. 2006. Signs of life: engraved stone artefacts from neolithic South India. Cambridge Archaeological Journal, 16 (2): pp 165-190.

BREUIL, H. A Arte paleolítica. 1963 En O homem antes da escrita editado por André Varagnac. pp.107-127. Companhia Editora do Ninho, Lisboa.

CASCUDO, L.C. 2005. Civilização e Cultura. Editora Globo, Rio de Janeiro.

CLARK, G. 1963. Los primeiros quinientos mil anos: los cazadores y recolectores de la Edad de Piedra. In: El Despertar de la civilización: los enigmas de las antiguas culturas revelados editado por Stuart Piggott. pp.19-40.: Talleres Gráficos Ibero-Americnas, S.A. Provenza, 1 Barcelona.

CLARK, G. 1969. Os caçadores da idade da pedra. Editorial Verbo, Lisboa.

CLARK, G. 1985. A Identidade do homem, uma exploração arqueológica. Tradução de Álvaro Cabral. Jorge Zahar Ed, Rio de Janeiro

CLASSEN, C. 1997. Foudantions for an anthropology of senses. Blackwell Publisherc, Oxford.

CLASSEN, C. 1998. The Color of Angels. Routledge, London.

CLASTRES, P. 2008. A sociedade contra o Estado: Pesquisas em antropologia política. Trad. Theo Santiago. Cosac & Naify, São Paulo.

CLOTTES, J. 2008. Cave Art. Phaidon Press Limited, London.

COOK, I.A. PAJOT, S.K. LEUCHTER, A. F. 2008. Ancient Architectural Acoustic Resonance Patterns and Regional Brain Activity. Time and Mind: Journal of Archaeology Consciousness and Culture. V. I, pp.95-104.

CORREIA, A. C.B. 2009. Engraved world: A contextual analysis of figures and markings on the rocks of south-eastern Piauí, Brazil. 2009. 366 f. Doutorado em Filosofía na Arqueología (Tese). School of Historical Studies Newcastle University, New Castle.

CRULS, G.. H. 1976. Amazônica: aspectos da flora, fauna, arqueologia e etnografia indígenas. José Olympio, Rio de Janeiro.

DARWIN, C. 1974. A origem do homem e a seleção sexual. Trad. Atílio Cancian e Eduardo Nunes. Hemus, São Paulo.

DAVID, N.; KRAMER, C. 2001. Ethnoarchaeology in Action. Cambridge University Press, Cambridge, 2001.

DURKHEIM, E. 2009. As formas elementares da vida religiosa: o sistema totémico na Austrália. trad. Paulo Neves. Martins Fontes, São Paulo.

ENGELS, F. 1975. O papel do trabalho na transformação do macaco em homem. En: Consequências da evolução humana. Cadernos de teoria e conhecimento. Edições RÉS, Lisboa, nº 8, pp. 5- 28.

EVANS-PRITCHARD, E.E. 1972. Antropologia social. Trad. Ana Maria Bessa. Livraria Martins Fontes, Lisboa.

FAHLANDER, F. KJELLSTRÖM, A. 2010. Beyond Sight: Archaeologies of Sensory Perception .Making Sense of Things: Archaeologies of Sensory Perception. Stockholm University, Stockholm, pp.1-14.

FIRTH, R. 1974. Elementos de organização social. Trad. Flaksman e Sérgio Flksman. Zahar Editores, Rio de Janeiro

FLOOD, J. 2006. The original Australian: story of the Aboriginal people. Allen & Unwin, Crows Nest.

FRANCH, J.A. 1982. Arte y Antropologia. Alianza editorial S.A.: Madrid.

FRAU, S.C. 1959. Prehistoria de America. Editorial Sudamerica, Buenos Aires.

FRAZER, J. G. 1971. El Totemismo: estúdio de etnografia comparada. Juan Pablos Editor, Cidade do México.

FRAZER, J.G. 1956. La rama dorada: Magia y relígion. Fondo de cultura econômica, Cidade do México.

GOMBRICH, E. A História da Arte. 2008. Tradução Álvaro Cabral. LTC, Rio de Janeiro.

GOWNLET, J. 2007. Arqueologia das primeiras culturas: A alvorada da humanidade. Printer Indústria Gráfica, Madrid.

GUIDON, N. 1984. Arte Rupestre: Uma síntese do procedimento de pesquisa. Arquivos do Museu de História Natural. Belo Horizonte: UFMG, v. 6-7, pp.341-352.

HAUSER, A. 1973. Teorias da Arte. Editorial Presença, Lisboa.

HAUSER, A. 1984. A arte e a sociedade. Editorial Presença, Porto.

HAUSER, A. 2010. História Social da Arte e Literatura. tradução Álvaro Cabral. Martins Fontes, São Paulo

HAWKES, J. 1966. Prehistoria. En: Historia de la humanidade editado por Jacqueta Hawkes, Leonard Wolley. Editorial Suadamericana, Buenos Aires, pp.45-268.

HOWES, D. 2006. Hearing Scents, Tasting Sights: Toward a Cross-Cultural Multi-Modal Theory of Aesthetics. Art & The Senses Conference. Science Oxford, Oxford pp. 27-29.

JOHNSON, M. 2000. Teoría arqueológica: una introducción. Editorial Ariel, Barcelona.

KARLIN, C.; JULIEN, C. 1996. Prehistoric: a cognitive archaeology?. En: The ancient mind: Elements of cognitive archaeology. Cambridge University Press, Cambridge, pp.152-164.

KROEBER, A. 1945. Antropología General. Fundo de Cultura Econômica, Cidade do México.

LANGANEY, A. et al. 2002. A mais bela história do homem: de como a Terra se tornou humana. Tradução Maria Helena Kuhner.: DIFEL, Rio de Janeiro.

LAYTON, R. 2001. Antropologia da Arte. Tradução Abílio Queirós. Edições 70, Lisboa.

LEROI-GOURHAN, A. 1968. The Art of Prehistory man in Western Europe. Thames and Hudson, London.

LEROI-GOURHAN, A. 2001. Os caçadores da pré-história. Edições 70, Lisboa.

LEWIN, R. 1999. Evolução Humana. Atheneu Editora, São Paulo.

LEWIS-WILLIAMS, D. 2005. La mente en la caverna. Ediciones Akal, Madrid.

LOWIE, R. 1972. La Sociedad Primitiva. Trad. Ariel Bignami. Amorroto Editores, Buenos Aires.

MAGALHÃES, S.M. 2001. Arte rupestre do centro-norte do Piauí: índices de narrativas cônicas. 457 f. Tese (Doutorado em História). Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia

.

MARINGER, J. BANDI, H.G. 1952. Arte prehistorico: las cavernas, el levante, las regiones articas. Ediciones Holbein, Basileia:

MARTINEZ, V.M.F. 2014. Prehistoria: El largo caminho de la humanidad. Alianza Editorial S.A., Madrid.

NADER, R. A Arqueoastronomia. 2014. En: Olhando o Céu da Pré-história: Registros Arqueoastronômicos no Brasil. Cíntia Jalles; Maura Imazio. Rio de Janeiro: MAST, pp.1.15-18.

NEVES, W. 2006. E no princípio ... era o macaco. Revista de Estudos Avançados. São Paulo, v.20, nº 58, p.249-285.

OAKLEY, K. B. 1975. O Homem como ser que fabrica utensílios. In: Consequências da evolução humana. Cadernos de teoria e conhecimento. Lisboa: Edições RÉS, nº 8, pp. 57- 68.

OLIVEIRA, ET AL. 2013. A Arqueoacústica: um estudo de caso no Sítio Martiliano, Parque Nacional Serra da Capivara- PI. En: Semana internacional de arqueologia "ANDRÉ PENIN". São Paulo: Universidade de São Paulo. Anais da Semana internacional de arqueologia "ANDRÉ PENIN". São Paulo, USP, pp. 25.

PELLINI, J.R. 2010. Mudando o coração, a mente e as calças. A Arqueologia Sensorial. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, pp.3-16

PELLINI, J.R. 2011. Nem melhor nem pior. Apenas uma escavação diferente. Revista do Museu Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. São Paulo. nº 21, pp. 3-15.

PELLINI, J.R. 2015. Arqueologia com Sentidos. Uma introdução à Arqueologia Sensorial. Atas da II Semana de Arqueologia da Unicamp. Revista de Arqueologia Pública. Campinas: UNICAMP, v.1, pp.1-12.

PELLINI, J.R. 2016. Arqueologia e os sentidos: entrando na toca do coelho. Editora Prismas, Curitiba.

PERELLÓ, E.R. Orígenes y significado del arte Paleolítico. Madrid: Silex Ediciones, 1986.

PESSIS, A.M.. 1987. Art rupestre prehistorique: Premiers registres de la mise en scene. 1987, 502 f. Tese (Doutorado de Estado).Université de Paris X ,Nanteire.

PESSIS, A.M.; MARTIN, G.; GUIDON, N. 2014. Da confiabilidade dos registros gráficos rupestres na pré-história. En: Os Biomas e as Sociedades Humanas na Pré-história da região do Parque Nacional Serra da Capivara. Anne-Marie Pessis, Niède Guidon, Gabriela Martin. São Paulo: A&A Comunicação, vol. B, pp. 642 - 656.

PIAGET, J. 1958. Psicologia da Inteligência. Editora Fundo de Cultura, Rio de Janeiro.

PIAGET, J. 1978. A Epistemologia Genética, Sabedoria e Ilusões da Filosofia; Problemas da Psicologia Genética. En: Os pensadores - Jean Piaget. Abril Cultural, São Paulo.

PIAGET, J. 1972. Seis estudos de Psicologia. Editora Forense, Rio de Janeiro.

PIAGET, J. O estruturalismo. São Paulo: Difel, 1974.

PUCCI, M. 2006. A voz e a pedra: rupestres sonoros do Mawaca. En: Terra Brasilis: Pré-História e arqueologia da psique editado por Marcos Calila e Marcos Fleury de Oliveira. Editora Paulus, São Paulo, pp.259-274.

REICHEL-DOLMATOFF, G. 1976. O Contexto Cultural de um Alucinógeno Aborígine: Banisteriopsis Caapi. En: Os alucinógenos e o mundo simbólico. EDUSP, São Paulo, pp.59-104,

REIS, J.A. 2010. "Não pensa muito que doí": um palimpsesto sobre teoria na arqueologia EDIPUCRS, Porto Alegre.

RENFREW, C. 1996. Towards a cognitive archaeology. En: The ancient mind: Elements of cognitive archaeology. Cambridge University Press. Cambridge, pp.3-12.

RIFKIN, R. 2009. Engraved art and acoustic resonance: exploring ritual and sound in north-western South Africa. In: Revista Antiquity. nº 83, pp.585-601.

SANCHIDRIÁN, J.L. 2005. Manual de Arte Pré-histórico. Editorial Ariel S.A, Barcelona.

SCHADEN, E. 1959. A mitologia heroica de tribos indígenas do Brasil. Ministério da educação e cultura, Rio de Janeiro.

SCHADEN, E. 1969. Aculturação indígena. Enio Matheus Guazzelli & cia ltda, São Paulo.

SCHMITD, W. 1942. Ethnologia Sul-Americana. Companhia Editora Nacional, Rio de Janeiro.

SCHMITZ, P.I.; BARBOSA, A.S.; RIBEIRO. M.B. 1997. Arqueologia nos cerrados do Brasil Central: Serranópolis: Pinturas e Gravuras dos Abrigos. Instituto Anchietano de Pesquisas/ Unisinos, São Leopoldo, nº 11.

SCHULTZ, H. 1976a. Notas sobre magia krahó. En: Leituras de etnologia brasileira. Companhia Editora Nacional, São Paulo, pp.199-211.

SCHULTZ, H. 1976b. Condenação e execução de médico-feitceiro entre os índios Krahó. En: Leituras de etnologia brasileira. Companhia Editora Nacional, São Paulo, pp.212-224.

SHANKS, M; TILLEY, C. 1992 Re-Constructing Archaeology: Theory and Practice. Press Syndicate of the University of Cambridge, Cambridge.

STERNBERG, R.J. 2000. Psicologia Cognitiva. Trad. Maria Regina Borges Osório.: Artes Médicas Sul, Porto Alegre.

SUASSUNA, A. 2012. Iniciação a estética. José Olympo Editora, Rio de Janeiro.

TAYLOR, T. 1997. A pré-história do sexo: quatro milhões de anos de cultura. Trad. Ana Gibson. Editora Campus, Rio de Janeiro.

TYLOR, E.B. 1903. Primitive culture: researches into the development of mythology, philosophy, religion, language, art and custom. John Murray, Londres.

VÁZQUEZ, J.A. 1997. Introducción: naturaliza y significación del xamanismo. En: Shamanismo sudamericano. Buenos Aires, Ediciones Contintente, pp.11-18,

WAGLEY, .C. 1976. Xamanismo tapiraré. En: Leituras de etnologia brasileira. Companhia Editora Nacional, São Paulo, pp.236-267.

WHITE, L. 2009. O conceito de cultura. Leslie White [com] Beth Dillingham; tradução Teresa Dias Carneiro. Contraponto, Rio de Janeiro.

WHITLEY, D. 2005. Introduction to Rock Art Research. Left Coast Press Inc, Walnut Creek.

Publicado

2020-04-07

Edição

Seção

Relatos de Pesquisa